Viver sozinho
no contexto social dos dias de hoje é com certeza algo muito difícil, uma vez
que o ser humano em seu estado natural tende a relacionar-se com mais indivíduos,
criando grupos e organizações sociais que vão da família as tribos, mas uma
incrível realidade que afeta inúmeras pessoas é a solidão e isso em plena era
da comunicação e do diálogo.
No meio dos
jovens, não é muito difícil encontrar indivíduos que sofram com a solidão ou
que ao menos se sintam sozinhos. Quando um jovem sai do ‘’mundo’’ e adentra a
igreja com o intuito de começar uma nova vida, não é tão fácil fazer muitas
amizades de forma rápida, o que é comum em muitos outros lugares, por exemplo;
é pouco provável que alguém se torne amigo de todos os colegas da classe nas
primeiras semanas de aula. Por outro lado a igreja tem um papel a cumprir que
em muitos casos tem passado em branco.
É papel de a
igreja acolher a todos de uma forma uniforme, fazendo com que o novo congregado
sinta-se a vontade e cada vez mais desejoso de continuar no grupo. Quando
falamos de jovens, a juventude da igreja deve exercer esse papel de boas vindas
de uma forma verdadeira, fazendo com que o novo integrante do grupo sinta-se
amado e bem recebido, de uma forma que qualquer indicio de solidão caia logo
por terra, para dar lugar ao amor e comunhão que tanto pregamos.
O grande
problema de muitas igrejas é que na verdade não existe comunhão genuína entre
os próprios membros. O que vejo simplesmente não passa de uma troca de
comprimentos maquiados que se limitam apenas as quatro paredes do templo.
Pregamos o amor de Cristo e a comunhão, isso é um fato, mas viver verdadeiramente
essa comunhão me parece ser algo ainda muito distante.
Escrevo essas
coisas por que há certo tempo tive uma grande dificuldade para se relacionar
com as pessoas de minha igreja, é que sendo eu novo crente a sombra da solidão
ainda me castigava e tudo que ouvi foi: VOCÊ TEM QUE MUDAR! Logicamente a
mudança é algo pessoal que tem que partir de dentro da pessoa que quer mudança,
então decidi mudar. Fui atrás das
pessoas comecei a abraçá-las a cumprimentá-las e se entrosar no grupo, com o
intuito de gerar novas amizades e viver essa comunhão que tanto falavam, mas o
resultado é que inacreditavelmente quase tudo continua da mesma forma que era
antes.
Será que
verdadeiramente o problema está somente com a pessoa que tem dificuldades para
se relacionar? Essa é pergunta que hoje ronda a minha mente, ou será que os
jovens de hoje preferem isolar-se a grupinhos (panelinhas) fazendo com que a
comunhão mutua se perca? Uma coisa é certa; como igreja que somos e pregando o
que pregamos, devemos pensar duas vezes ao que se refere à comunhão.
Havendo ainda
vestígios de solidão na igreja, talvez o problema não seja apenas individual, mas
também do grupo que pode não proporcionar espaço para quem chega de fora e quer
se enturmar. A melhor forma de abolir a solidão é com certeza vivendo uma união
verdadeira, em que os irmãos se importem uns com os outros de uma forma geral,
o que infelizmente não é uma realidade dentro de muitas juventudes e igrejas no
geral.
Me identifico com seu texto. Faz 4 anos que me converti, no começo tive muita dificuldades de se enturmar e as pessoas sempre dizendo para mim que teria que mudar, timidez não é de Deus essas coisas... por muito tempo me culpei por ser assim e não sentia acolhimento mas sempre aquele ar de que eu que deveria mudar mas não olhar de compreensão com a minha dificuldade.
ResponderExcluirHoje eu me amo e me aceito da forma que sou e como igreja não os culpo mas reconheço que todos incluindo a mim precisamos aprender a conviver com as diferenças, pois igreja significa corpo de Cristo e não poimt de encontro...
Verdade! A parte social na igreja é real, no entanto o contexto visionário não é mundano. É preciso aceitar a pessoa como ela é em amor, e ajudá-la a melhorar no que se é preciso. Por meio da própria palavra. Jesus ensinou, não forçou a ninguém entrar em moldes. Mas coisas como timidez, isolamento, etc... Devem ser tratados com paciência, amor e aceitação. Criticar é fácil.
ExcluirMuito bom seu texto, parabéns.
ResponderExcluirÉ exatamente assim que as relações entre os novos indivíduos, na maioria das vezes acontece. Comecei a ir na igreja agora, desde pequeno ia mas morei na fazenda por anos e ficava difícil ir. A lider e o lider do grupo dos jovens é muito atenciosa, mas os jovens em si, infelizmente não são assim. Desde que comecei a ir me sinto sozinho, largado... Teve um almoço na casa do líder e nem fui por medo de ficar sozinho e envergonhado. A dificuldade na comunhão se propaga até mesmo com minha irmã, que já está a tempos na igreja, sinto que ela não quer ficar junto comigo, mas entendo que ela gosta de ficar com as amigas. Penso que a dificuldade também parte de mim, pois sou tímido, mas mesmo assim tento entrar e puxar assunto, mas sem muito sucesso.